Para Aristóteles a educação parte da
imitação e visa levar o educando a adquirir hábitos que formarão nele uma
segunda natureza. Nesse processo o educador deve expor o assunto, fazer com que
o educando retenha aquilo que foi exposto, e, enfim levá-lo a relacionar os
diversos conhecimentos adquiridos à custa de exercícios. Trata-se de uma
educação que leva em consideração todas as faculdades que integram a natureza
humana, para que o educando alcance a finalidade específica de sua existência,
a felicidade. Segundo Aristóteles a educação deve ser pública e comum, porque
só o estado pode garantir a formação adequada.
Platão
percebe a educação como uma arte capaz de suportar a contemplação do ser e da
parte mais brilhante do ser. Sendo assim, a natureza da educação permite ao
homem, através dos bons hábitos, obter uma concepção política correta por meio
do auto-conhecimento. Por exemplo: o que uma pessoa julga estar errado e o é,
tomará para ela tal decisão e através de seu exemplo, influenciará outras
pessoas.
O
grande filósofo Sócrates, apesar de não ter deixado uma linha escrita , suas
idéias tiveram enorme impacto no mundo ocidental. Suas influências na educação
são marcantes. Percebe-se a
preocupação com a formação do indivíduo como um todo, ou seja, de maneira
holística, não apenas a educação através da simples transmissão do conhecimento
de quem ensina ao que aprende. Nesse contexto, a educação deve trazer, além do
conhecimento, o crescimento interior.
Já
a proposta educacional e política de Platão não é absurda. Aliás, ele apresenta
de forma muito evidente que há uma estreita e necessária relação entre
Política, Conhecimento e Educação. Quando sugere o sentido da Educação como Paidéia
(Educação integral – corpo e alma), como um meio de construção de uma
república ideal, sedimentada no Bem, no Justo e no Belo, ele dá um caráter
muito parecido com o que entendemos por educação hoje.
Bibliografia
ARANHA, Maria Lúcia de
Arruda. Filosofia da Educação. São Paulo: Moderna, 1996.
Andrei
ResponderExcluirRealmente os hábitos compõem o caráter do ser humano formando uma segunda natureza. Eles representam padrões coerentes, e muitas vezes inconscientes que servem para exprimir o caráter no cotidiano, tornando-se responsáveis pela eficácia ou ineficácia das nossas ações. Portanto o caráter do ser humano traduz o grau de aprendizado e educação adquiridos ao longo da existência, com tudo, a virtude e a ação são paralelas, ou seja, uma depende da outra.